Yesterday’s Man é o resultado do primeiro encontro entre dois criadores de teatro, o libanês Rabih Mroué e o português Tiago Rodrigues, que se juntaram depois a Tony Chakar, um arquitecto e escritor libanês e ao cenógrafo e desenhador de luzes belga Thomas Walgrave, para criar um espectáculo sobre um estrangeiro que visita uma cidade em permanente mudança, Beirute.

Um português visita a cidade de Beirute ano após anos. Ele é várias pessoas que são sempre a mesma. Vários homens iguais que, ano após ano, percorrem o mesmo caminho, durante um dia, no centro de Beirute. A cidade vai mudando, vai-se metamorfoseando mercê da erosão do tempo e das convulsões da História. Este homem sempre igual acaba por viver dias diferentes, a cada visita. Os dias que a cidade mutante lhe permite viver. Este espectáculo parte da hipótese de que em cada cidade existe uma outra cidade subterrânea e por baixo dessa existe ainda uma outra cidade e assim sucessivamente, num infinito de cidades escondidas que o tempo vai revelando de forma imprevisível. Essas cidades subterrâneas são tanto o passado como o futuro, são tudo o que já não ou ainda não existe no presente.

criação Tiago Rodrigues, Rabih Mroué, Tony Chakar  actor Tiago Rodrigues cenografia e desenho de luzes Thomas Walgrave assistente Joelle Aoun colaboração para a versão francesa Judith Davis produção executiva Magda Bizarro

produção Alkantara e Mundo Perfeito com o apoio  DGArtes / Ministério da Cultura, Instituto Camões, Ashkal Alwan (Beirute) e Teatro Maria Matos. Espectáculo criado dentro do quadro do  Sites of Imagination 2007, com o apoio do Programa Cultura da União Europeia.

Este espectáculo estreou em Setembro de 2007, em Girona, Espanha (La Mercê). Foi apresentado em digressão em Marselha, França (Friche la Belle de Mai – Festival Dansem); Lisboa, Portugal (Teatro da Politécnica e Alkantara Festival); Cagliari, Itália (Piccolo Teatro); Liubliana, Eslovénia (Stara Elektrama); Beirute, Líbano (Masrah Al Madina – Homeworks V); Faro, Portugal (CAPa); Bruxelas, Bélgica (Kaaitheater); Rio de Janeiro, Brasil (Teatro Tom Jobim); Paris, França (Théâtre de la Bastille – Festival d’Automne à Paris); Genebra, Suíça (Théâtre de l’Usine – Festival Particles); Glasgow, Reino Unido (The Arches – National Review of Live Arts); Martigues, França (Théâtre des Salins) e Montemor-o-Novo, Portugal (O Espaço do Tempo - Plataforma PT09).